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Como quebrar estigmas relacionados ao setor funerário?

Apesar de ser um fenômeno natural e certo, o brasileiro não está preparado para lidar com a morte. Mas se não bastasse a dificuldade com este enfrentamento, falar sobre a “nossa única certeza” também é um tabu para a maioria de nós e esse aspecto cultural é o grande desafio das empresas do setor funerário.

Levantamento realizado pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep) revelou que grande parte da população sequer cogita pensar no assunto: praticamente três em cada quatro brasileiros admitem que a morte é um tabu e 73% não gostam de falar a respeito. Ainda de acordo o sindicato, apenas um a cada 10 brasileiros se preparam para a morte, seja a sua ou de algum parente, e adquire um plano funerário para auxiliá-lo nesta situação

Essa cultura de afastamento da ideia da morte acompanha o setor funerário há algum tempo, mas já existem estratégias que ajudam, aos poucos, a quebrar esse tabu. Mudar a o pensamento enraizado na cultura popular não é tarefa fácil, mas é possível. Pensando nisso, preparamos um conteúdo com três dicas para contribuir com esse debate. Confira:

Paute a audiência
Nada como a informação para entender mais sobre o assunto e quebrar tabus, não é mesmo? Trazer conteúdos que falem sobre o tema de modo leve são ótimos para informar e desmitificar os estigmas ligados ao setor. É possível criar textos, vídeos, podcast, peças publicitárias, quizes, entre outros. Você pode alimentar seu site e redes sociais com esse material, além de também disponibilizar as informações para a imprensa. O importante aqui é criar conteúdos informativos de qualidade para impactar o maior número de pessoas.

Aposte no diálogo com a terceira idade
A morte é um tabu entre os jovens, mas entre a população idosa o assunto é tratado com mais naturalidade. Levantamento realizado pelo Plano de Vida & Legado, mostrou que 70% dos entrevistados com mais de 60 anos afirmam que estão refletindo mais sobre a finitude da vida e 70% daqueles acima de 45 anos acham importante organizar testamento e plano funeral. Com o aumento da longevidade no Brasil, pensar na morte para este público é uma oportunidade de planejamento, já que as pessoas estão envelhecendo com mais saúde do que as gerações passadas. Começar a dialogar com esse público é abrir caminho também para conversar com os filhos e netos deles, e assim, desmitificar o assunto para um maior número de pessoas.

Invista em serviços humanizados
As empresas funerárias são negócios que ajudam a desembaraçar a burocracia e prestar toda a assistência necessária num momento tão doloroso para as famílias. Mas, para desmitificar os tabus dessa área, precisamos mostrar mais esse lado sensível do setor. Os familiares querem que a última homenagem ao ente querido seja perfeita, mas normalmente não têm cabeça tomar as decisões importantes. Por isso, é necessário capacitar os profissionais para que eles possam oferecer acolhimento e um atendimento humanizado ao cliente, desde o primeiro contato até o pós-venda. Lembre-se que um depoimento de um cliente satisfeito é ainda a melhor propaganda de um negócio.